quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

BOMBA:Médico é acusado de cobrar propina para fazer cirurgia em hospital público

A Constituição Federal, em seu artigo 196, determina que “a saúde é direito de todos e dever do Estado”. Mais um daqueles artigos que, em se tratando do Piauí - que parece viver em um mundo à parte, que fabrica suas próprias leis estaduais - deixou de ser um dever previsto na Carta Maior, e parece passou a ser para a paciente uma humilhação, uma subjugação diante da necessidade de ficar bem, enquanto para o médico que está sendo acusado uma causa para ganhar um por fora.
Blog Bastidores fez, recentemente, uma publicação informando que “Promotora apura se médico cobrou propina para operar em hospital público”. Logo em seguida esse material se desdobrou em uma matéria jornalística, que, por sua vez, acabou por levar um grupo de profissionais do 180 ao município de Picos. Lá, esses profissionais se depararam com informações estarrecedoras, que sugerem indícios da existência de uma verdadeira máfia instalada dentro do Hospital Regional Justino Luz - fatos que ficarão para as próximas matérias.
Um dos casos é o que envolveria o médico José Ayrton Bezerra, ex-prefeito do município de Monsenhor Hipólito e ex-diretor do Hospital Regional de Picos, que teria recebido R$ 5 mil, “em dinheiro”, para operar Raimunda Albertina da Luz. A denúncia foi oficializada junto ao Ministério Público. O 180 descobriu a casa de dona Raimunda, no povoado de Malhada Grande, em Picos. Sua operação foi para a retirada de pedras dos rins e da vesícula. Porém, a paciente sofreria de “cálculo recindivante de fígado”, uma doença crônica, que faz com que o órgão produza pedras.
A acusação é a de que o médico José Ayrton Bezerra cobrou R$ 5 mil por uma cirurgia de retirada de pedras dos rins e da vesícula da paciente. Pelos relatos, o médico havia dito que a cirurgia não poderia ser feita dentro do hospital regional de Picos, mas que ele iria ajudar a senhora Raimunda Luz, já que lá, no hospital, já existiam os aparelhos, e como o quadro exigia um tratamento imediato, assim foi feito. Porém, pediu segredo do pagamento e não teria dado recibo.

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